Jejum intermitente em mulheres: benefícios e precauções em 2025

Mulher sentada em posição de meditação, refletindo sobre saúde e jejum intermitente em ambiente calmo e iluminado

Entenda como o jejum intermitente afeta hormônios femininos, metabolismo e saúde gastrointestinal em 2025.

Eu confesso: nos últimos anos, o jejum intermitente nunca saiu de pauta nas consultas e rodas de conversa. Seja pela busca de um corpo mais magro, maior disposição, ou até pela promessa de bem-estar integral, ele sempre aparece. Mas será que é mesmo uma boa prática para mulheres, especialmente pensando em 2025 e o que já aprendemos até aqui?

Neste artigo, compartilho o que vi, estudei e vivi – tanto comigo quanto com minhas pacientes. Escrevo com base na experiência e nos princípios da Dra. Natália Muniz Nutricionista, que aposta na individualização e na saúde da mulher de dentro para fora.

Jejum intermitente: como funciona e por que tanta gente fala sobre isso?

Antes de enumerar prós e contras, vale explicar o básico. O jejum intermitente consiste em alternar períodos de alimentação com períodos sem comer absolutamente nada (ou, em alguns protocolos, apenas líquidos sem calorias). O mais comum é o método 16:8 – 16 horas em jejum seguidas por oito horas para comer, repetido diariamente. Outras variações existem, mas essa é a queridinha.

Em 2025, esse assunto só ganha força porque a Organização Mundial da Saúde estima que, neste ano, quase 2,3 bilhões de adultos estarão acima do peso e mais de 700 milhões, obesos. Segundo a OMS, práticas como o jejum surgem como escape ao padrão “dieta restritiva” tradicional, com apelo justamente por prometer resultados reais de forma mais flexível.

Não é só sobre emagrecer; é sobre saúde, metabolismo e controle do apetite.

Principais benefícios do jejum intermitente para mulheres

A cada paciente que atendo em busca de controle de peso ou saúde intestinal – áreas em que tenho especial paixão –, estou sempre avaliando: Será que o jejum é mesmo adequado para ela?

  • Redução do peso corporal e da gordura abdominal: Estudos sugerem que o jejum pode promover perda de peso, especialmente na região abdominal, algo que muitas mulheres relatam dificuldade para conquistar por vias usuais. A quebra do ciclo “picar aqui, provar ali” ajuda bastante no déficit calórico.
  • Melhora nos marcadores de saúde metabólica: Muitos relatam diminuição na glicemia, colesterol LDL e pressão arterial. Digo “muitos” porque é algo que vejo se repetir em relatos clínicos e em artigos, como confirmado no Centro Nacional de Investigações Oncológicas da Espanha.
  • Maior consciência alimentar: Surpreendentemente, o jejum faz com que prestemos mais atenção em o que, quanto e quando comer. No contexto da educação alimentar e da busca por escolhas mais naturais, isso é um ganho inegável.
  • Sensação de leveza digestiva: Muitos de meus pacientes apresentam melhora em sintomas como inchaço, gases e dores abdominais, especialmente aquelas com histórico de desconforto gastrointestinal.

Além disso, há uma discussão científica interessante sobre jejum intermitente e prevenção de doenças. O CNIO, por exemplo, aponta relação entre hábitos alimentares e certos tipos de tumores, inclusive afirmando que intervenções nutricionais podem ajudar inclusive no tratamento – tanto para prevenção quanto como estratégia complementar.

Mulher sentada à mesa olhando para um copo d’água, com relógio à vista, expressão neutra e alimentos saudáveis ao lado

Precauções: quando o jejum pode ser um problema?

Ao longo dos anos, vi muitos resultados positivos com o jejum. Porém, é fundamental pensar que nem todo mundo se dá bem com ele, especialmente mulheres. E os motivos vão além do simples “não conseguir ficar sem comer”.

De acordo com a Revista AnaMaria, o corpo feminino pode entender períodos longos de jejum como um sinal de alerta, elevando o cortisol e impactando o equilíbrio hormonal. As consequências podem ser:

  • Irregularidades menstruais
  • Mau humor ou irritabilidade
  • Dificuldade para emagrecer, principalmente na região abdominal
  • Queda de cabelo, unhas fracas
  • Cansaço frequente e perda de massa magra

Outro detalhe essencial é quem NÃO deve seguir o jejum. Segundo diretrizes citadas no artigo da UOL VivaBem:

  • Crianças e adolescentes
  • Gestantes e lactantes
  • Pessoas com histórico de distúrbios alimentares
  • Quem tem diabetes, doenças cardíacas, problemas renais ou psiquiátricos sem acompanhamento
  • Idosos ou pessoas abaixo do peso

O jejum precisa ser planejado e ajustado para cada fase da vida da mulher.

Por isso, sempre aconselho: busque acompanhamento. Em minha prática como nutricionista, faz total diferença avaliar exames, ciclo menstrual, composição corporal e rotina antes de decidir se o jejum é indicado – e, caso seja, qual protocolo adotar.

O impacto do jejum intermitente na rotina e na mente

Engana-se quem pensa que jejuar só mexe com o corpo. Vi, inclusive comigo mesma, como ele afeta a mente: algumas pessoas se sentem mais produtivas, mais leves, quase eufóricas durante o período sem comida. Outras, ao contrário, ficam ansiosas e abrem “gatilhos” emocionais perigosos.

Por isso, recomendo colocar foco também na relação emocional com a comida. No consultório, gosto de juntar estratégias alimentares – especialmente os princípios de uma nutrição racional e personalizada – a práticas de escuta emocional, para não transformar o jejum em mais uma punição ou disputa interna.

Se você quer investir nessa linha, o acompanhamento profissional especializado faz diferença. É assim que trabalho no projeto Dra. Natália Muniz Nutricionista: olhar integral, análise clínica e respeito à individualidade feminina em cada fase da vida.

Duas imagens lado a lado mostrando mulher antes e depois de emagrecer, sorrindo com roupas diferentes

A personalização é o caminho certo em 2025

Saúde não se resume a protocolos prontos. E, sinceramente, com tanta informação desencontrada na internet, o perigo de copiar receitas é enorme. Em 2025, o melhor caminho segue sendo olhar para o indivíduo, ajustando alimentação, rotina e suplementos à realidade de cada mulher, seu ciclo, objetivos e possíveis sintomas.

Eu costumo dizer que o jejum intermitente só faz sentido se combinado com alimentação nutritiva e acompanhamento regular. Caso contrário, ele pode até piorar quadros de cansaço, mau humor ou compulsão, afastando a mulher da qualidade de vida.

Jejum intermitente e saúde intestinal: uma dúvida recorrente

No consultório, apareceram mulheres buscando jejum para “desintoxicar” o intestino. Não existe detox milagroso, mas, de fato, o jejum pode proporcionar um descanso digestivo, ajudando em sintomas como gases e desconfortos depois das refeições. A chave, no entanto, está em associar o jejum ao consumo equilibrado de fibras, proteínas, gorduras boas e hidratação.

Se esse é seu foco, recomendo acompanhar os conteúdos sobre saúde intestinal na pagina dedicada ao tema e entender que cada caso pede ajuste fino, não radicalismo.

Conclusão: cada mulher tem uma resposta ao jejum, respeite-se

Em resumo, vejo o jejum intermitente como uma ferramenta, não uma receita mágica. Ele pode ser útil para algumas mulheres, desde que bem orientado, ajustado e respeitado em suas limitações e fases do ciclo.

O segredo é personalização e escuta do próprio corpo – não comparação.

Se você quer entender se o jejum intermitente é para você, busque apoio profissional sério e um olhar integral. No projeto Dra. Natália Muniz Nutricionista, oriento mulheres a construírem um caminho de leveza, saúde e transformação genuína. Dê o primeiro passo: conheça meu método, agende sua avaliação e prepare-se para valorizar o que seu corpo tem de melhor, com equilíbrio e ciência.

Perguntas frequentes sobre jejum intermitente

O que é jejum intermitente?

Jejum intermitente é um padrão alimentar que alterna períodos de jejum com períodos de alimentação ativa. Durante as horas de jejum, consome-se água, café sem açúcar ou chás, e evita-se qualquer alimento calórico. Os protocolos mais comuns variam entre 12 a 24 horas sem comer, sendo o 16:8 bastante utilizado, segundo minha experiência em consultório e nos estudos mais recentes da área.

Quais os benefícios para mulheres?

O jejum pode, sim, trazer benefícios para mulheres, quando bem orientado: melhora da sensibilidade à insulina, redução do peso, sensação de leveza, menor inflamação, além de proporcionar maior consciência alimentar. Também pode ser ferramenta interessante na saúde intestinal e no combate ao inchaço, conforme contei antes neste artigo e embasado em relatos e pesquisas recentes.

Quais riscos o jejum pode trazer?

Os riscos aparecem principalmente se o protocolo não é adaptado à individualidade da mulher. Desequilíbrios hormonais, irregularidade menstrual, queda de cabelo, fadiga, mau humor e, em situações mais graves, compulsão ou distúrbios alimentares. Por isso, não indico jejum para gestantes, lactantes, adolescentes, idosos ou mulheres com alterações hormonais sem acompanhamento médico ou nutricional. Cada fase pede cuidado diferenciado, sempre.

Jejum intermitente emagrece mesmo?

O jejum pode contribuir para emagrecimento desde que o período de alimentação não seja marcado por exageros ou escolhas pouco nutritivas. Basicamente, ele ajuda a promover déficit calórico ao reduzir o tempo disponível para comer, favorecendo a perda de peso como relatado em artigos internacionais e também em minha prática clínica. No entanto, não é solução universal e o resultado depende de ajuste individual.

Como começar o jejum intermitente?

O primeiro passo é buscar orientação profissional. Em seguida, define-se o protocolo mais confortável (12:12, 14:10, 16:8 etc.), evitando mudanças bruscas e respeitando o ritmo do seu corpo. Invista em alimentação equilibrada no período de alimentação, foque na hidratação e, principalmente, avalie como se sente – física e emocionalmente – durante o processo. Recomendo ler sobre nutrição personalizada e adaptar as dicas que compartilho em minhas dicas de alimentação.

Dra. Natália Muniz

Dra. Natália Muniz

Nutricionista Gastrointestinal, especialista em saúde da mulher! Acredito que a comida de verdade mudará a sua vida completamente. Profissional registrada - CRN: 17101020

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