Descubra hábitos alimentares e suplementos que aliviam gases e desconforto abdominal com foco na saúde intestinal.
Já sentiu aquele desconforto abdominal, aquela sensação de inchaço, barulhos inesperados ou gases que parecem surgir do nada? Eu mesma lido constantemente com essas queixas em meu consultório. A presença de gases intestinais é fisiológica, mas o excesso pode sinalizar desequilíbrios ou sensibilidade em nossa digestão. E eu sei como esse incômodo afeta sua rotina: pode atrapalhar seu sono, prejudicar a disposição e até mexer com a autoconfiança.
Minha proposta aqui é mostrar que mudanças simples na alimentação e alguns cuidados diários podem trazer um alívio verdadeiro, ajudando você a entender seu corpo e responder aos sinais que ele envia. Como nutricionista funcional, vejo diariamente como um olhar cuidadoso faz diferença. Se você busca saúde intestinal e bem-estar, saiba que dar atenção à raiz do problema é um dos caminhos que sigo com cada paciente na Dra. Natália Muniz Nutricionista.
O que são gases intestinais e por que eles aparecem?
Talvez você já tenha se perguntado: de onde vêm os gases? Eu também já fiz essa pergunta ao estudar mais sobre o funcionamento gastrointestinal. Gases intestinais são resultado direto de processos naturais do nosso organismo. Eles se formam por:
- Deglutição de ar ao falar, mastigar ou comer
- Digestão e fermentação de alimentos pelas bactérias no intestino
- Consumo excessivo de certos alimentos mais fermentáveis
Em adultos, pode ocorrer a eliminação de gases até 20 vezes por dia, de acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Apesar desse número, apenas o excesso, acompanhado de desconforto, precisa de atenção especial.
O corpo fala. O intestino sussurra, mas às vezes ele grita.
Principais causas do excesso de gases e desconforto abdominal
Nem sempre é fácil identificar o motivo, mas alguns fatores aparecem com frequência na minha experiência clínica:
- Intolerâncias alimentares: Lactose, glúten ou frutose são disparadores comuns.
- Mastigação inadequada e refeições muito rápidas.
- Desequilíbrio da microbiota intestinal, alterando o padrão de fermentação no intestino.
- Alimentos ricos em fibras insolúveis para quem não está adaptado.
- Uso excessivo de adoçantes como sorbitol, manitol ou xilitol (muito comuns em dietas fitness).
- Estresse crônico e ansiedade.
- Sedentarismo, diminuindo a motilidade intestinal.
- Condições médicas como síndrome do intestino irritável, constipação, doenças hepáticas ou pancreatite, como mostra um relato da Secretaria de Saúde de Alagoas.
O que quero destacar aqui é a importância do olhar individualizado. Muitas vezes, sintomas parecidos podem ter causas distintas, e até quadros considerados simples podem fazer parte de algo mais complexo, como ressalto no método do meu acompanhamento personalizado.

Sintomas de excesso de gases e suas consequências no dia a dia
Os sintomas variam, mas em geral ouço relatos de:
- Inchaço e distensão abdominal
- Barulhos no abdômen (borborigmos)
- Flatulência frequente
- Dor abdominal (cólica)
- Arrotos
Esse desconforto afeta o humor, o sono e até a autoestima. Algumas pacientes relatam evitar encontros sociais ou festas por medo de constrangimentos. Outras, mencionam como isso prejudica a concentração no trabalho ou na atividade física. A saúde emocional e física estão íntimas quando se trata de bem-estar gastrointestinal.
Alimentos que mais geram gases: é preciso eliminar?
Muita gente imagina que basta cortar determinados alimentos. Mas, em anos de prática, aprendi que simplesmente retirar alimentos nunca é a solução.
Entre os maiores responsáveis por gerar gases estão:
- Feijão, lentilha, grão-de-bico e outras leguminosas
- Brócolis, couve-flor, repolho, cebola e alho
- Trigo e centeio
- Bebidas gaseificadas
- Leite e derivados para intolerantes à lactose
- Maçã, pera, manga e frutas secas
- Adoçantes como xilitol e sorbitol
Essa lista, no entanto, não é uma sentença. Muitas vezes, um ajuste na preparação já faz diferença: deixar o feijão de molho por 12 horas, cozinhar os vegetais, variar as combinações. E claro, identificar intolerâncias com acompanhamento personalizado.
Estratégias práticas para reduzir gases no dia a dia
Agora compartilho as estratégias que costumo orientar na rotina clínica, reunindo evidências científicas, minha experiência e feedback dos pacientes:
1. Mastigação adequada
Parece simples, mas é poderoso. Ao mastigar melhor, você reduz o ar engolido e facilita a ação das enzimas digestivas. Tente transformar sua refeição em um momento pleno, mastigando cada bocado até virar pastinha e sentindo os sabores. O impacto vai além da digestão: a ansiedade tende a se reduzir, gerando ainda mais benefícios.
2. Refeições menores e mais frequentes
Comer em grandes volumes pode sobrecarregar o sistema digestivo, potencializando o acúmulo de gases. Dividir a alimentação em 5 ou 6 pequenas refeições ao longo do dia, conforme orientação personalizada, pode ajudar muito.
3. Ajuste do consumo de fibras
Fibras são indispensáveis para a saúde, mas seu consumo deve ser ajustado ao hábito intestinal.
- Se você não está habituada, aumente a ingestão devagar.
- Prefira sempre alimentos integrais, frutas com casca e vegetais, ajustando caso perceba piora dos sintomas.
- Entenda mais sobre constipação e estratégias práticas neste artigo.
4. Hidratação
A água auxilia no trânsito intestinal e na diluição dos resíduos alimentares. Beber água ao longo do dia pode suavizar a formação de gases e facilitar sua eliminação.

5. Prática de atividade física
O movimento corporal estimula a motilidade do intestino, ajudando na eliminação de gases e prevenindo a constipação. Caminhadas diárias já são um excelente começo.
6. Controle do estresse e ansiedade
Já percebeu como, em dias de maior tensão, o intestino fica mais sensível? O sistema digestivo dialoga diretamente com o cérebro. Técnicas como respiração consciente, mindfulness e acompanhamento multidisciplinar quando necessário são aliados valiosos.
7. Atenção aos probióticos e prebióticos
Probióticos (bactérias benéficas) e prebióticos (fibras que as alimentam) desempenham um papel importante no equilíbrio do intestino. Escolher alimentos ou suplementos com esses componentes, bem ajustados à sua necessidade, pode reduzir fermentações indesejadas e melhorar o bem-estar abdominal. Escrevi um guia detalhado sobre o tema, que pode ajudar a entender melhor qual a função e quais opções considerar.
8. Dieta baixa em FODMAPs
Além dos ajustes clássicos, recomendo em alguns casos, principalmente para pessoas com síndrome do intestino irritável, o protocolo low FODMAPs. Ele reduz temporariamente o consumo de carboidratos fermentáveis, aliviando sintomas de gases, distensão e dor. Os detalhes desse método estão no artigo de dieta low FODMAPs do meu site, se quiser aprofundar no assunto.
9. Acompanhamento individual e investigação de intolerâncias
Se os sintomas persistem, a investigação detalhada é fundamental. Ferramentas de avaliação, anamnese e, por vezes, exames laboratoriais guiados por um profissional podem trazer respostas e estratégias realmente direcionadas.
Já atendi pacientes convencidas de que tinham intolerância à lactose, mas o quadro estava relacionado à constipação intestinal e ao consumo insuficiente de água. Por isso, nunca generalize. Cada biografia tem suas necessidades próprias.
Quando sinais pedem atenção médica imediata?
Alívio de gases é importante, mas sempre oriento para sinais de alerta que merecem busca por avaliação médica. Entre eles:
- Perda de peso sem explicação
- Dor abdominal intensa e persistente
- Presença de sangue nas fezes
- Vômitos recorrentes
- Febre ou aparecimento de icterícia
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), doenças graves, como câncer de intestino, podem se apresentar de forma silenciosa, sendo a prevenção e o diagnóstico precoce essenciais. A detecção precoce do câncer colorretal aumenta exponencialmente as chances de cura. Nunca hesite se sentir sintomas persistentes ou diferentes do habitual.
A importância da individualidade: cada paciente, uma estratégia
O que mais observo como nutricionista é que as soluções mágicas não se aplicam a todos. Algumas pessoas se beneficiam rapidamente de pequenas mudanças. Outras necessitam de acompanhamento multiprofissional, exames e adaptações alimentares cuidadosas, é daí que vem a força do meu atendimento.
Sua saúde não é igual à de mais ninguém. Seu caminho, suas soluções.
Seja ajustando a dieta, trabalhando suplementação ou investindo em estratégias de bem-estar emocional, a filosofia que aplico na Dra. Natália Muniz Nutricionista sempre respeita suas necessidades, seu tempo e seus objetivos.

Rotina de cuidados simples: pequenas mudanças, grande resultado
Depois de tantas histórias de consultório, afirmo sem medo: a mudança nasce dos detalhes. Sugiro montar uma rotina de autocuidado intestinal:
- Priorize horários regulares para refeições
- Valorize o momento da comida: mastigue lentamente, aprecie aromas e sabores
- Beba água entre as refeições, não apenas quando sentir sede
- Inclua vegetais e frutas diariamente, mas ajuste se notar desconforto
- Tente identificar como seu organismo reage a cada alimento
- Se possível, mantenha um diário alimentar, anotando sintomas e possíveis gatilhos
- Movimente-se diariamente, nem que seja uma caminhada leve
- Cultive hábitos de relaxamento, mesmo que apenas alguns minutos ao dia
Esse caminho pode parecer simples demais, mas é na constância que vemos resultados. Trabalhando junto com a Dra. Natália Muniz Nutricionista, aprendi que a transformação na saúde intestinal se reflete no bem-estar integral: mais energia, menos ansiedade e uma sensação real de leveza.
Posso consumir chás ou remédios naturais para gases?
Muitas pessoas buscam alívio rápido usando chás, como erva-doce, hortelã ou camomila. Essas plantas oferecem efeito calmante, ajudando nos quadros leves de gases. Porém, eu sempre lembro que o uso excessivo ou sem orientação pode mascarar problemas maiores.
Produtos naturais, mesmo fitoterápicos, precisam de avaliação quanto à origem e possível interação com outros medicamentos. O mesmo vale para suplementos, inclusive probióticos. A individualização do cuidado faz diferença, e é esse olhar que dedico ao trabalho com cada pessoa no consultório.
Como saber se gases são normais ou sinal de problema?
No dia a dia, desconfie se os sintomas:
- Foram intensos, surgiram de repente e persistem mais de uma semana
- Vieram acompanhados de sinais como febre, vômito, sangue nas fezes ou emagrecimento
- Estão tornando seu convívio social e familiar difícil
- Implicam alteração marcante no seu padrão de funcionamento intestinal
Nesses casos, marco sempre: o acompanhamento profissional faz uma diferença enorme para evitar complicações e trazer mais conforto e saúde.
Alimentação para fortalecer o intestino: além dos gases
Fortalecer o intestino funciona como uma barreira natural. Recomendo, além das dicas já dadas:
- Montar refeições coloridas, misturando fibras solúveis e insolúveis
- Variar os tipos de vegetais ao longo da semana
- Priorizar grãos integrais em vez dos refinados
- Consumir sementes, como linhaça e chia, que favorecem a motilidade intestinal
- Incluir fontes de gorduras boas: azeite de oliva, abacate, castanhas
- Reduzir ultraprocessados, alimentos industrializados e açúcares “escondidos”
- Moderadamente, incluir alimentos fermentados como iogurte, kefir e kombucha, de acordo com tolerância
Essas orientações fortalecem o ambiente intestinal, diminuindo fermentações ruins e melhorando o transporte dos gases.
Se você luta contra prisão de ventre, reunimos dicas práticas para aliviar a prisão de ventre que vão ajudar no seu dia a dia.
O papel da prevenção e o cuidado contínuo
Tenho certeza de que a saúde intestinal reflete em todos os aspectos da nossa vida: sono, disposição, aparência da pele, autoimagem. E invisto muito nesse cuidado com meus pacientes, porque prevenir é mais simples, menos doloroso e mais transformador do que remediar.
Por fim, mantenha o acompanhamento de check-ups regulares, especialmente se há histórico familiar de problemas intestinais, como indica a relevância do diagnóstico precoce do câncer colorretal segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, e ajuste seus hábitos sempre que necessário. Seu corpo agradece.
Comece hoje. Seu bem-estar pode ser maior do que imagina.
Conclusão
Reduzir gases e desconforto abdominal é plenamente possível, a partir de escolhas cotidianas e de um olhar atento para os próprios sintomas. Conhecer seu corpo, ajustar alimentação, investir em saúde emocional e buscar apoio quando precisa traz leveza, disposição e bem-estar real.
Se você deseja orientação individual para transformar sua saúde intestinal e descobrir como pequenas mudanças podem gerar grandes resultados, conheça mais sobre o acompanhamento personalizado que ofereço na Dra. Natália Muniz Nutricionista. Dê o primeiro passo para viver de forma mais leve e plena, com saúde natural de verdade!
Perguntas frequentes sobre gases e desconforto abdominal
O que causa gases no intestino?
Os gases intestinais podem ser causados pela ingestão de ar durante a alimentação, pela fermentação dos alimentos no intestino (especialmente carboidratos e fibras) e pela ação das bactérias que fazem parte da flora intestinal. Intolerâncias alimentares, mastigação inadequada, uso de adoçantes e hábitos como comer muito rápido também favorecem a produção excessiva de gases.
Como reduzir o desconforto abdominal?
A redução do desconforto abdominal envolve estratégias como mastigar adequadamente, fracionar as refeições, ajustar o consumo de fibras, manter boa hidratação, movimentar-se diariamente e trabalhar o controle do estresse. A identificação de intolerâncias alimentares e o acompanhamento nutricional individualizado também aceleram a melhora.
Quais alimentos ajudam a evitar gases?
Os alimentos que tendem a gerar menos gases incluem arroz branco, cenoura cozida, abobrinha, pepino, ovo, carnes magras, batata inglesa e folhas verdes macias. Cada pessoa pode ter uma tolerância diferente, por isso observar a resposta individual é fundamental. Avalie aos poucos e ajuste conforme os sintomas.
Beber água ajuda a diminuir gases?
Sim, beber água ao longo do dia favorece o trânsito intestinal, dilui resíduos alimentares e pode ajudar na eliminação dos gases. Uma hidratação adequada auxilia tanto na prevenção do acúmulo de gases como no alívio do desconforto abdominal.
Quando devo procurar um médico?
Procure avaliação médica se houver sintomas como dor abdominal intensa, febre, vômitos persistentes, sangue nas fezes, emagrecimento inexplicado ou qualquer sintoma persistente por mais de uma semana. Sintomas novos ou diferentes do padrão habitual também merecem atenção profissional para garantir um diagnóstico seguro e precoce.








